De acordo com o MME (Ministério de Minas de Energia), o setor industrial do Brasil consome 43,7% da energia em nosso país e 68% desse total é força motriz que consome. Muito desse alto consumo de energia por parte dos motores se dá principalmente por que estamos falando de motores antigos que, ao invés de serem trocados, são recondicionados e colocados novamente em operação. O recondicionamento de motores elétricos é uma prática comum no Brasil que possui em seu parque industrial um maquinário com uma idade média de cerca de 20 anos o que representa uma quantidade quatro vezes maior que as registradas em países desenvolvidos como a Alemanha, onde a média dos equipamentos é de cinco anos. O que acontece é que além de provocar maior gasto de energia, motores elétricos podem trazer riscos aos trabalhadores e é sobre alguns desses riscos que falaremos a seguir.
Explosão e incêndio
Os riscos de explosão e incêndio ocorrem por conta de fatores como a falta de fase resultante da queima de um fusível, por exemplo, o sobreaquecimento que pode ocorrer por causa do excesso de carga na ponta do eixo permanente ou eventual, o travamento do rotor como consequência do bloqueio do eixo de carga e picos de tensão por causa das descargas atmosféricas, etc. É claro que todos esses riscos ainda podem ser provocados por outros fatores que certamente os setores de manutenção devem conhecer.
Circuito elétrico
Existem muitos mais chances de motores antigos perderem a isolação térmica, o que, consequentemente vai provocar o superaquecimento dos fios e o encontro do cobre que caracteriza o conhecido curto circuito que pode ocorrer na saída ou interior da ranhura, entre fases ou entre aspiras.
Contato
Esse é o risco que envolve os funcionários mais diretamente. Esses podem envolver em acidentes resultantes de motores sem a correta proteção, principalmente em locais de calor excessivo, alta probabilidade de incêndios, explosões e choques. Para tentar reduzir o consumo de energia e fazer com que as indústrias optem pela troca de motores antigos por novos, existe a Lei 10.295/2001, complementada pela portaria 553/2005, que estabelece os níveis mínimos de rendimento para motores trifásicos de 1 a 250 CV. Independentemente da Lei, a indústria em geral precisa tomar consciência e entender de uma vez por todas que a prática de recondicionamento de motores só leva ao caminho do maior consumo de energia.
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