Automação versus mecanização
Em dois outros artigos sobre automação industrial aqui em nosso blog, usamos o exemplo de uma fábrica de biscoitos para passar a ideia de como a automação funciona na prática. Você pode conferir esses artigos no link a seguir:
Mesmo depois de alguns anos através dos quais o termo automação industrial passou a ser conhecido de muita gente, ainda há quem confunda automação com mecanização. Muitas pessoas pensam que quando dizemos que um determinado processo será automatizado, significa que trabalhos manuais serão substituídos por máquinas. Em parte isso está correto, mas apenas a substituição de mão de obra por máquinas é suficiente para que uma situação de automação se caracterize. Para exemplificar melhor, voltemos ao nosso exemplo da fábrica de biscoitos. Um dos principais ingredientes do biscoito é a farinha que numa situação de produção automatizada, percorre sozinha uma determinada tubulação até ser despejada em uma batedeira industrial a fim de ser misturada com outros ingredientes. A questão aqui é: quem controla o momento e a quantidade de farinha que deve ser “encaminhada” para uma determinada batedeira, isso porque em diferentes batedeiras serão combinadas diferentes receitas de diferentes tipos de biscoitos, tais como: doces, cream cracker, recheado, wafer, etc. É exatamente aí que a automação se caracteriza e o responsável por essa “inteligência” relacionada com a combinação de ingredientes é o CLP ou Controlador Lógico Programável.
Conhecendo melhor o CLP
Por vir dos termos em inglês Programmable Logic Controller, podemos dizer que o acrônimo correto é PLC que, uma vez traduzido, torna-se CLP. Ok, então o CLP nada mais é do que um computador que executa funções específicas que foram anteriormente estabelecidas por, é claro, um ser humano. Essas funções específicas são justamente as que controlam o comportamento de todos os equipamentos envolvidos em um ou mais processos. Lembram da farinha da receita de biscoito? Pois é, por causa do programa que foi escrito previamente e que fica dentro do CLP, um comando é “disparado” para o equipamento responsável em “lançar” uma quantidade X de farinha até a batedeira e esse é apenas uma pequena parte do processo. Imagine que depois disso, outras partes acontecem absolutamente sozinhas, umas após as outras obedecendo exatamente o que está escrito dentro do programa. O CLP foi primeiramente utilizado pela General Motors ainda na década de 60 por causa da necessidade de alteração de processos de forma rápida e a custo baixo. Antes do CLP os processos eram controlados apenas por comandos elétricos, os quais ocupavam muito espaço físico e que demandavam grande mobilização de pessoas, uma grande quantidade de tempo, ou seja, grandes paradas na produção, o que significava certamente perda de dinheiro. Imagem
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